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Detalhes de uma época

O pano da época desportiva do SC Braga foi descerrado, no que à sua equipa principal de futebol de onze diz respeito. Importa agora analisar alguns detalhes de uma época que acabou em grande, como campeões da Taça de Portugal e com apuramento para a final da Supertaça, a disputar no dealbar do próximo mês de agosto.

A Taça de Portugal é o primeiro ponto de passagem analítica, devido à importância da competição na temporada de sucesso dos Gverreiros do Minho. Ao longo do percurso, o SC Braga marcou 21 golos e sofreu 6, sendo metade deles ante o FC Porto na difícil meia-final disputada a duas mãos. O melhor marcador da competição foi Abel Ruiz, com 7 golos, e, na minha opinião, o jovem avançado internacional A por Espanha foi também o melhor jogador, cujo destaque maior vai para os jogos influentes frente ao FC Porto, quando bisou no Dragão, e na final, frente ao Benfica, na única eliminatória em que não marcou, mas num jogo em que foi o melhor em campo.

A Taça da Liga foi mais curta do que é habitual, devido à pandemia. Mesmo assim, vale a pena referir que a caminhada até à final incluiu a eliminação do Estoril, na Pedreira, e do Benfica, na meia-final, disputada em formato de final four na cidade de Leiria. O jogo decisivo frente ao Sporting foi disputado numa espécie de relvado, completamente encharcado e que tornou o destino do jogo perfeitamente aleatório, em especial no primeiro tempo, altura em que surgiu o único golo, num detalhe que nenhum braguista queria ter visto. O segundo período desse jogo teve um terreno ligeiramente melhor, mas a perda do troféu não seria revertida, para desgosto das almas Gverreiras.

A Liga NOS ficou dividida em duas partes distintas, sendo a primeira correspondente aos dois terços iniciais, em que o bom futebol conduziu os Brácaros ao segundo lugar e criou uma ilusão imensa nos adeptos braguistas. O último terço perdeu fulgor, por comparação com o restante tempo, mas foi o empate de Famalicão, sofrido perto do fim e na sequência de uma fraca segunda parte, que deu início à queda da tabela, que seria confirmada com o decorrer das jornadas seguintes. O melhor marcador na competição foi o 21, Ricardo Horta, com 9 golos, num total de 15 tentos obtidos na temporada, ele que já é um símbolo do SC Braga e que tem a feliz coincidência de ter marcado nas finais das duas últimas taças conquistadas.

Na Liga Europa o objetivo do apuramento na fase de grupos foi atingido com a clareza de quem marcou 14 golos, aos quais juntou mais 1 na eliminação consumada frente à AS Roma, e realizou grandes exibições, cuja exceção foi o jogo de Inglaterra, frente ao Leicester. O apuramento bracarense atualmente é lido pelo mundo do futebol como natural, o que sublinha bem como cresceu aquele que outrora foi designado como o “braguinha dos trezentos”. Crescer e ambicionar cada vez mais tem de ser o pensamento de todos, sendo importante para isso que cada um desses “todos” faça a sua parte, para que o futuro continue a sorrir a este “jovem velhote”, que entrou na lista dos centenários.

Uma palavra final para uma distinção justa de Carlos Carvalhal, o homem do leme que conduziu com sentimento e competência a equipa ao sucesso observado na época aqui analisada.

 

In Diário do Minho de 10-06-2021

Foto SC Braga

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