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Deserto na Pedreira

A noite fria de Braga ficou, neste último sábado, ainda mais gélida, depois de o SC Braga quase ter registado falta de comparência, quando se pedia uma presença forte e efetiva da equipa em campo.

As razões para o autêntico deserto observado na Pedreira são de várias origens. A equipa não consegue manter o grupo compacto no trabalho diário, nem o onze contínuo para enfrentar os adversários, mas isto é algo que se passa noutras paragens, não podendo, por isso mesmo, funcionar como atenuante. A equipa surgiu neste jogo numa espécie de ilha classificativa, de uma forma aparentemente natural, em que a distância para o pódio era grande e para o quinto lugar também, pelo que é mesmo no quarto lugar que a equipa se sente bem por esta altura e não noutras divisões da tabela, ainda que isto em nada desculpabilize a fraca atuação ante o Marítimo. Assim, os dois jogos caseiros, ante o Famalicão e o Marítimo, eram propícios para a obtenção de seis pontos, que poderiam catapultar a equipa para lutas mais cimeiras, mas a resposta foi insuficiente e traduziu-se na obtenção de um mero ponto que feriu as almas braguistas e deixou a luz que iluminava a luta pelo pódio bastante mais branda. Para agravar este sentimento, o detentor do último lugar do pódio cedia nesta jornada um empate caseiro, que acentua ainda mais a sua época dececionante e poderia permitir uma aproximação, do quarto ao terceiro, que não se verificou. Suposições apenas, que de nada valem por agora.

O jogo frente aos madeirenses, que surgiam em Braga numa fase positiva de resultados com este novo treinador, foi globalmente fraco e penso que o nulo castigaria melhor a débil prestação dos dois conjuntos. Porém, a sorte grande acabaria por sorrir sobre o fim do jogo a quem menos fez por isso e, desse modo, os insulares regressaram à ilha (da Madeira) com ânimo reforçado, ao passo que os arsenalistas ficaram na sua ilha numa posição menos confortável.

A derrota caseira deixou o balneário triste e desiludido perante a constatação da incapacidade observada no relvado, e os adeptos com o amargo de quem lhes feriu negativamente os seus sentimentos braguistas.

Agora é hora de seguir em frente, pois amanhã é um novo dia e, afinal, foi apenas um jogo de futebol. Mas é necessário que todos assumam as suas responsabilidades e consigam dar uma resposta a preceito ao que de mau se viu nas duas últimas aparições no relvado da Pedreira.

A utilização de jovens, oriundos da formação, na equipa inicial deve ser equilibrada, sob pena de se queimarem etapas de modo indevido, com prejuízo para todos. Era para isto que eu alertava os adeptos há uns dias na NEXT (canal oficial do clube), pois aquela maravilha que se observou em Arouca não resulta da simples introdução de jovens da formação em detrimento de atletas mais consagrados, como solução milagrosa. As dores de crescimento são, por vezes, terríveis e podem surgir estas respostas que desanimam qualquer alma em repouso perene. Mas é preciso analisar o muito que foi feito de negativo e tentar converter em positivo, sem ficar muito tempo a carpir mágoas, dado que o tempo é útil se for aproveitado para melhorar o desempenho de todos, tanto individual, como coletivamente.

Os bracarenses tombaram com estrondo e deles apenas se espera que se reergam e corrijam a fotografia tremida que surgiu em público nos últimos tempos, com exceção de Arouca. A fibra e o perfil de um Gverreiro também se devem revelar nos momentos menos bons e não apenas nos dias de festa. Deste modo, desejo as rápidas melhoras ao nível dos resultados e, se possível, das exibições.

Uma nota final para as arbitragens, cujo fraco desempenho afasta cada vez mais gente dos estádios. A expulsão de Carlos Carvalhal, comparando com as cenas lamentáveis que se observam noutros clubes, é uma demência completa. Os castigos em Braga destinam-se ao próximo ilustre adversário. Haja decoro.

 

In zerozero

Imagem zerozero

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