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De Atenas até Atenas

A jornada europeia do SC Braga foi jogada na última quinta-feira em Atenas, precisamente o local onde o clube se estreara em jogos das competições europeias, na extinta Taça das Taças, há 54 anos, frente ao mesmo AEK. Assim, depois de ter vencido com brilhantismo a Taça de Portugal em 1966, o sorteio ditou a estreia nas competições da UEFA frente aos gregos do AEK, num estádio que já não existe, tendo os bracarenses vencido por 1-0 na Grécia, com um golo de Luciano Marques. Na segunda mão, a vitória sorria novamente, desta feita por 3-2, graças aos golos de Perrichon, que marcou por duas vezes, e Mário, que marcara o primeiro tento.

A volta completa, de trezentos e sessenta graus, aconteceu na quinta-feira e o SC Braga voltou a ser feliz frente ao AEK, ao vencer por 4-2, graças aos golos de Tormena, Esgaio, Ricardo Horta e Galeno, depois de já ter vencido em Braga por claros 3-0. O Homem do Jogo foi Galeno, que fez uma exibição notável, a ponto de figurar na equipa da jornada da UEFA. Justamente, diga-se, na minha opinião.

O SC Braga participou, ao longo da sua história, em quatro competições europeias diferentes, a saber: Taça das Taças; Taça UEFA/Liga Europa; Liga dos Campeões, onde participou em duas fases de grupos; Taça Intertoto, que venceu na única vez que participou. No total de jogos, o SC Braga disputou até ao momento 148 partidas e tem garantida, pelo menos, a marca de 151, uma vez que ainda irá receber o Zorya e disputará, no mínimo, uma eliminatória, pois o apuramento merecido já foi conquistado na bela capital grega. Alguns dos dados aqui apresentados foram consultados no mural de Facebook do ilustre braguista João Miguel Fernandes.

A grande mancha de participação em jogos da UEFA é claramente neste milénio, onde aquela equipa que outrora era esmagada pelo Tottenham, em casa e fora, deu lugar a outra mais madura e crescida desportivamente, que luta diversas vezes pelos apuramentos e por chegar o mais longe possível. O percurso mais brilhante ocorreu em 2010/2011, sob o comando de Domingos Paciência, culminando na final de Dublin, frente ao Porto, perdida por um golo em fora de jogo de Falcao, que hoje o VAR corrigiria certamente. O outro momento marcante foi a conquista da Taça Intertoto, com Jorge Jesus ao leme, naquele que é até hoje o único título europeu deste treinador.

Foi, assim, feita uma curta viagem de Atenas até Atenas, passando por outros locais importantes, como Sevilha, que valeu a primeira participação numa fase de grupos da Liga dos Campeões, Udine, que depois de uma viagem louca de autocarro e um jogo impróprio para cardíacos valeu a segunda entrada na mais importante prova da UEFA, ou Dublin, onde um sonho de vencer não passou disso mesmo.

De regresso à liga portuguesa, espero que a equipa faça um jogo sério e competente, que a leve ao triunfo no Jamor frente à B SAD (longe vão os tempos em que se falava do Belenenses), de modo a manter a posição cimeira e, sobretudo, a conquistar três pontos muito importantes, porque se referem ao próximo jogo.

Finalmente, uma palavra para dar os meus parabéns, (ainda que atrasados) ao treinador Carlos Carvalhal, pelo recente aniversário e fazendo votos para que os sucessos da equipa sob a sua égide continuem. Muitas felicidades, Mister.

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