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COMANDANTE ABEL FERREIRA

O SC Braga entrou nesta pausa competitiva, de dedicação às seleções, com boas perspetivas de disputar um lugar no pódio da liga portuguesa. A época já vai longa, mas a cada dia que passa a equipa parece apresentar-se melhor, o que certifica a qualidade do trabalho que está a ser desenvolvido em Braga por um treinador com pouca experiência na liga, mas que parece fazer da inteligência, da astúcia e da competência predicados capazes de o tornar por muito tempo como Comandante Abel Ferreira, ao serviço dos Gverreiros do Minho. Oxalá, digo eu, pois seria um excelente sinal.

Desde o início da época, no longínquo mês de julho, que em Braga está a ser contruído algo que vai para além de uma mera equipa de futebol. A simbiose que se observa entre equipa e adeptos é algo que, no final de cada jogo, nos faz arrepiar. Mas os momentos de união notam-se ao longo dos diversos jogos, pois salvo algumas exceções os adeptos vão ao estádio com a finalidade de ajudar a equipa a caminhar nos trilhos do sucesso.

Na época passada, num momento crítico para a equipa que se encontrava aquém das expectativas, o Presidente António Salvador, então cumulativamente candidato a Presidente, olhou para dentro e decidiu que chegara a hora de Abel Ferreira abraçar um desafio enorme de passar da equipa secundária para a equipa principal. O treinador, ainda com reduzida experiência, avançou para a oportunidade que estava à sua frente, perante o olhar desconfiado de muitos braguistas. Desde o início que fiz questão de acreditar que as coisas poderiam dar certo, com muito trabalho e crença na mensagem que o líder passava aos jogadores.

Quando na última Gala “Legião de Ouro” pedi ao treinador, em jeito de brincadeira, para tirar uma foto que pudesse ser usada quando ele fosse muito famoso, tinha em mente que o técnico arsenalista tem excelentes condições para crescer de acordo com o potencial de que é portador, confiando num amigo comum de Guimarães que me dizia no início de agosto último que Abel tinha tudo para vir a ser um grande treinador. Ora, como esse amigo esteve ligado ao futebol e conhecia Abel de perto, acreditei desde logo que estava encontrado o Homem capaz de nos fazer sonhar novamente. Desejo veementemente que o futuro confirme Abel Ferreira como um treinador de topo com este símbolo.

As coisas até começaram mal ao nível da liga, com três derrotas nas primeiras cinco jornadas, o que prognosticava desde logo imensas dificuldades, quer na obtenção de resultados, quer no apoio dos adeptos que apresentavam uma desconfiança natural. Nas vinte e uma jornadas que se seguiram o SC Braga perdeu três jogos num percurso evolutivo notável, onde está incluída a derrota sofrida nos Barreiros em que uma arbitragem miserável de Rui Costa empurrou o Marítimo para um triunfo injusto. Assim, decorridas vinte e sete jornadas, os Gverreiros de Abel Ferreira estão a fazer muitos pontos e só as prestações anormais dos três eucaliptos impedem uma classificação superior nesta altura, pelo que o próximo duelo frente ao Sporting pode catapultar a equipa bracarense para uma fase final de liga deveras competitiva, rumo a um lugar no pódio.

A época positiva, onde o prematuro afastamento das taças é um fator de lamentação, coloca o Comandante da Legião do Minho em condições de bater diversos records. Esta época já igualou o número de vitórias de 2009/2010, com 29 triunfos obtidos quando ainda faltam disputar sete jogos. A nível atacante, o SC Braga tem tido um registo notável, com 62 golos marcados na liga até ao momento. O nível de eficácia, a que se alia o perfume do futebol em diversos jogos, ganha ênfase quando o SC Braga joga fora de portas, onde obteve a maior goleada de sempre como visitante através do 0-6 no Estoril e a goleada épica de 0-5 registada em Guimarães. Como dado curioso, a equipa arsenalista marcou mais golos fora nas três últimas deslocações (15) do que na época inteira de Paulo Fonseca (13), em geral avaliada como boa. Aliás, são muitas as épocas em que os golos marcados como visitante ficaram abaixo dos quinze golos registados nas três últimas saídas. Ultrapassar o maior número de pontos de sempre, 71 conseguidos por Domingos Paciência, está na mente de todo o grupo de trabalho e dos adeptos, mesmo sem se saber o que isso pode valer. Nota negativa para o fosso existente entre as quatro primeiras equipas e as seguem do quinto lugar para baixo. A este tema voltarei no final da liga, para um balanço mais rigoroso. Até lá desejo que o Comandante Abel Ferreira não pare a sua evolução.

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