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Com distanciamento

O SC Braga continua a preparação planeada para esta pré-época. O objetivo é bem claro e passa por estar na final da Supertaça, em Aveiro, no último dia deste mês, em condições de lutar pela conquista do título, que falta na sua montra.

Até agora os Gverreiros do Minho realizaram três jogos particulares e venceram-nos todos. Primeiro foi o Vizela a sair derrotado, por 4-3, num jogo em que se concluiu que as correções a fazer ainda eram muitas, especialmente a nível defensivo. Seguiu-se o embate frente ao Trofense, em que a vitória, por 1-0, sorriu por aos comandados de Carvalhal. O terceiro encontro, último antes da partida para o estágio a realizar no Algarve, trouxe uma vitória gorda, por 4-0, frente ao Moreirense. Pela segunda vez os arsenalistas marcavam quatro golos e, também, pela segunda vez não sofriam golos, indicadores que se revelam positivos.

Ora, os três jogos referidos foram realizados à porta fechada, em Fão, não fosse o vírus pregar das suas e aparecer por lá. Bem sabemos que nas esplanadas e restaurantes o perigo não existe, ou então fazemos de conta que assim acontece. Sem poder aceder ao recinto de Fão, gostariam os braguistas de verem os jogos realizados pela NEXT, uma vez que a televisão do clube está dotada de meios técnicos, tecnológicos e humanos que lhe permitiam fazer essas transmissões, mas o futebol dos nossos dias tem regras cada vez mais apertadas e que forçam a que que os eventos da equipa sejam realizados com distanciamento, que nem a tecnologia consegue eliminar. As obrigações assim determinam e os adversários, diversas vezes, também exigem que assim seja. É pena, mas teve que ser assim.

A esperança em ver em direto, pela televisão claro está, não desapareceu e nos próximos tempos alguns jogos serão transmitidos pela sporttv, que detém os direitos de transmissão, até nos jogos particulares. É o dinheiro a comandar o futebol, num sinal dos tempos que obriga a adaptações. Venham daí esses golos, nem que seja pela televisão, porque é de golos que o meu povo gosta e quando eles surgem de vermelho e branco, certamente, têm mais encanto.

Em jeito de síntese dos trabalhos até agora realizados, nota-se a integração de quase todos os elementos do plantel, faltando apenas que David Carmo e Iuri Medeiros possam fazer aquilo que tanto gostam, jogar com os colegas num retângulo verde e com um adversário pela frente. Os destaques, por agora, vão para Ricardo Horta, que já marcou por cinco vezes e Mario González, que chegou há pouco, mas já ajudou a equipa em dois jogos seguidos, marcando um golo em cada. Outro destaque vai inteirinho para Roger, um menino de quinze anos que já joga com os mais crescidos, como se fosse um deles, e tem merecido a admiração da Legião do Minho.

Entretanto, alguns jogadores saíram de Braga nos últimos dias e outros nomes deverão seguir o mesmo destino, uma vez que o clube não pode ficar com todos. Espero que o critério de seleção seja bom e não traga arrependimentos futuros, mas como confio no líder da equipa, Carlos Carvalhal, fico, por certo, descansado com isso.

A pandemia anda não acabou, mas o ritmo de vacinação tem acelerado, num trabalho louvável de Gouveia e Melo, que lidera a equipa responsável com competência, mostrando que as regras de uma carreira de militar afinal sempre se tornaram úteis um dia. Perante isto, os estádios parecem reabrir-se em breve para receber os adeptos, desejosos de ocuparem o seu lugar de sempre, algo que na memória já parece muito distante. Afinal, foi uma época e meia sem adeptos nos estádios e como eles são necessários, como se viu na beleza adicional que trouxeram aos jogos do Europeu que está prestes a chegar ao fim. Ora, é precisamente o Euro 2020 que hoje realiza a final, um ano depois da data prevista. O estádio de Wembley deverá assistir a um grande espetáculo, pois tanto Itália como Inglaterra dão essa garantia, com squadra azzurra, agora com um futebol muito mais atrativo, em busca de regressar aos tempos áureos e os britânicos em busca de um título que nunca conquistaram. Que a final traga um campeão digno e merecido, sem influências externas ao jogo, a bem do espetáculo.

In zerozero

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