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Coimbra talismã

A cidade de Coimbra tem sido talismã para o SC Braga e a confirmação aconteceu na conquista da terceira Taça de Portugal, que agora descansa sossegadamente em Braga. Analisemos passo a passo.

O primeiro troféu conquistado na cidade dos estudantes foi a Taça FPF, organizada pela Federação Portuguesa de Futebol. O lado surreal desta taça, cuja conquista aconteceu na longínqua época 1976/1977, é que ainda não está reconhecida pela entidade organizadora. Como já passaram umas décadas, sugiro aqui, publicamente, que a FPF, agora liderada por Fernando Gomes, faça esse reconhecimento com a maior brevidade possível. Ao SC Braga compete dar os passos, mais uma vez, necessários para que a oficialização do troféu se torne uma realidade, mostrando a resiliência necessária de quem não se deixa vencer pelo cansaço.

A segunda conquista obtida em Coimbra foi o Campeonato Nacional de Juvenis, que atualmente tem a designação de Juniores B ou Sub-17, frente ao Sporting, onde pontificava o nome de Paulo Futre, entre outros. Um golo de Litos registou historicamente o seu nome no SC Braga, num triunfo inesperado e surpreendente, especialmente para aqueles que davam a vitória leonina como adquirida ainda antes do jogo se realizar. Curiosamente, da equipa campeão não saiu nenhum jogador que tivesse feito uma carreira de nível elevado. Os títulos não são o mais importante na formação, como se pode ver, mas formar bons jogadores e bons Homens deve estar na primeira linha.

A terceira conquista já aconteceu no novo estádio, Cidade de Coimbra, com a conquista da Taça da Liga em 2012/2013, frente ao FC Porto. Com José Peseiro no comando, os Gverreiros do Minho alcançaram esse troféu, numa época em que perderam o terceiro lugar, que dava acesso ao caminho da Champions League, para o Paços de Ferreira. O golo da vitória da final foi obtido por Alan, de grande penalidade, que assim gravou o seu nome na decisão de um título para os bracarenses. O número trinta fez uma carreira longa em Braga e ainda hoje se mantém na estrutura, em funções diretivas.

A última conquista na cidade talismã foi a terceira Taça de Portugal do clube, num jogo em que os nomes de Lucas Piazon e de Ricardo Horta ficam gravados como expoentes máximos deste grupo de Gverreiros, que soube fazer parte da história, por terem marcado os golos que possibilitaram este êxito. A vitória ganha um significado acrescido por ter sido obtida no ano de centenário do clube, numa temporada em que a equipa apresentou, de modo global, um muito bom futebol, e pelo facto de o treinador Carlos Carvalhal ser mais um adepto da equipa, por ter nascido e se ter formado para o futebol em Braga. O técnico deixou o Rio Ave na Europa, equipa que acaba de descer de divisão na época imediatamente a seguir, e regressou ao SC Braga, onde não fora feliz na primeira passagem, mas onde, desta vez, lhe foi possível ganhar um troféu cujo significado é muito superior a qualquer outra conquista, por ter ocorrido no comando do clube de coração.

Pelo descrito, a cidade de Coimbra terá sempre um lugar especial na memória dos adeptos braguistas.

 

In Diário do Minho, de 03-06-2021

Foto Internet

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