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Carvalhal para sempre

O SC Braga visitou os Barreiros para defrontar o Marítimo, ávido de pontos, e perdeu por 1-0. Foi um resultado cruel para o que se passou em campo, mas justo, porque a justiça no futebol é feita com golos e aí os madeirenses foram melhores, porque marcaram uma vez, em duas chances disponíveis, ao passo que os bracarenses não tiverem competência para traduzir em golos a superioridade evidenciada. A equipa arsenalista atravessa uma fase cinzenta, a tender para o escuro, onde é manifesta a falta de confiança de alguns jogadores, na hora de atirar à baliza, e notório o cansaço acumulado de alguns atletas. Espero que a equipa reaja rapidamente e possa, em breve, surgir revigorada pelo tónico dos golos, que tardam em aparecer.

O treinador Carlos Carvalhal tem sido alvo de críticas de alguns adeptos e de outros que de adeptos têm muito pouco, pela forma pouco consciente como se expressam publicamente. Todos sabemos que as redes sociais são um espaço de liberdade, onde cada um escreve o que quer, mas também são um antro de perdição, onde surgem as maiores alarvidades, inúmeras vezes sem qualquer razão. Voltando aos adeptos, eu situo-me do lado dos que defendem, sem hesitar, que Carlos Carvalhal deve continuar. Aliás, porque acredito no trabalho e na competência do técnico, que comete erros e é importante que aprenda com eles, eu desejaria que o atual treinador, que sente o símbolo como os outros adeptos, ficasse para sempre no comando da equipa. Bem sei que isto é uma utopia pelo que o meu anseio é que o treinador fique por muito e profícuo tempo. Voltemos aos adeptos, para referir que muitas vezes se consegue ler que a vontade de alguns é que Carlos Carvalhal fique quando ganha e saia cada vez que o resultado é adverso. Repare-se que já nem falo quando perde, porque felizmente não temos perdido muitas vezes, mesmo que o número de derrotas seja maior do que querem os adeptos, compreensivelmente. Aqui é levado ao extremo a velha máxima de que “o futebol não é razão, mas emoção”.

Pelo exposto, espero que quem lidera o clube e toma as decisões tenha a serenidade necessária para acreditar no projeto que está em curso e mantenha o treinador, de forma sólida e sem quaisquer hesitações, ainda que isto desgoste aqueles que expressam nas redes sociais a sua vontade indómita de ver sangue e querer a mudança, apenas porque sim, ou porque a equipa perdeu. Recordo aqui que, pela primeira vez na sua longa e bonita história, o SC Braga chegou a duas finais na mesma época e ficará, por certo, nos quatro primeiros classificados, mesmo tendo ficado a sensação de que uma ponta final em coerência com a restante temporada teria permitido ficar alojado no pódio, pois os três que precedem o SC Braga não jogam, nem jogaram, melhor do que os comandados de Carlos Carvalhal. Claro que há outros fatores que influenciam muitos resultados, pela positiva ou pela negativa, mas que no momento da avaliação são esquecidos de imediato. Basta ver o lance que deu o penalti da vitória do Paços, frente à Belenenses SAD, e comparar com um lance que passou em claro no Marítimo vs SC Braga. São lances semelhantes com decisões antagónicas.

Uma palavra final para os jogadores, que diversas vezes aparentam passear o equipamento em campo. Os adeptos não exigem que vençam sempre, mas que lutem sempre para vencer e há atletas que, pelo seu perfil, muitas vezes parecem desligados do jogo, ou menos empenhados, ainda que isso, por vezes, não passe de uma ilusão. Mas, quando as coisas não correm bem devemos tentar fazer as coisas bem e de modo simples, onde o esforço tem que estar mais presente ainda. O exemplo máximo dessa entrega, dedicação e vontade de fazer sempre melhor é André Castro, que parece ter nascido e crescido em Braga e ter jogado sempre com este símbolo ao peito. Fica a sensação de que chegou tarde a Braga, onde deveria ter feito a maior parte da sua carreira.

Faço votos para que as melhorias da equipa cheguem rapidamente, através dos golos, pois são eles que definem os resultados e as avaliações, muitas vezes sumárias e precipitadas, dos adeptos.

In zerozero

Foto zerozero

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