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BRAGA HISTÓRICO E SEMPRE NA LUTA

A liga portuguesa aproxima-se rapidamente do seu fim e com ele as diferentes decisões. A descida promete ser uma luta até ao último minuto, com Paços de Ferreira, V. Setúbal, D. Aves, Feirense e Estoril, separados por escassos três pontos. Um pouco mais tranquilo surge o Moreirense, depois de vencer o “aspirante uefeiro” Rio Ave. As definições relativas ao momento sempre triste da despromoção deverão ocorrer sobre o encerramento da competição. O apuramento europeu tem quatro clubes definidos desde já, a saber: Porto, Benfica, Sporting e SC Braga, restando saber por que ordem ficam na tabela classificativa e em que competição irão participar, sendo certo que continua tudo em aberto. Resta uma vaga para a Liga Europa, que será do D. Aves, direto à fase de grupos da Liga Europa, se vencer a taça de Portugal, ou do quinto classificado se o vencedor da taça for o Sporting. Em relação ao quinto lugar, que pode dar apuramento europeu como referi, surgem como candidatos o Rio Ave, o Marítimo e o D. Chaves, com a vantagem neste momento a pender para os rioavistas, ainda que surjam empatados com os insulares. Mas atenção aos “valentes transmontanos”, que nunca desarmam.

O SC Braga regressou à Pedreira para receber o candidato europeu Marítimo, tendo ainda presente na mente de todos a derrota sofrida na Madeira, após uma arbitragem miserável de Rui Costa, num jogo em que ficou célebre a imagem do árbitro a olhar de soslaio quando acabava o jogo no preciso momento em que Fábio Martins sofria um penálti claro, entre outros lances que prejudicaram sempre os arsenalistas. A equipa de Abel Ferreira não entrou tão forte como é habitual e foi o Marítimo a ter a primeira ocasião de marcar, o que serviu de aviso às tropas minhotas. O primeiro tempo decorreu sob o domínio da equipa da casa, mas sem quaisquer resultados práticos no marcador. Ficava a imagem de um Marítimo aquém das expectativas e que jogava muitos momentos com o seu bloco muito baixo. O descanso e a conversa do “comandante” Abel Ferreira fizeram bem à equipa de Braga que entrou, no segundo período, determinada em chegar à vitória o mais rápido possível, fazendo uma pressão alta que retirava espaço e tempo para os insulares respirarem e forçando o erro no adversário. Foi deste modo que Ricardo Horta ganhou uma bola e isolou, com muita classe, Vukcevic, que abria o marcador, soltando a festa nas bancadas, onde estava muito público. O golo da tranquilidade chegaria na parte final do encontro, por intermédio de Paulinho, a culminar nova assistência de elevada classe de Ricardo Horta que, com duas assistências primorosas, entre outras ações meritórias, se tornou no melhor jogador em campo, na minha opinião. A vitória permitiu ao SC Braga chegar aos 71 pontos, precisamente a pontuação obtida por Domingos Paciência no ano de 2009/2010 em que o SC Braga foi vice-campeão nacional, cuja liga ficou conhecida como “campeonato dos túneis”, ficando até hoje a sensação de que foi sonegado o título de campeão nacional, que o clube já justifica há algum tempo.

Faltam agora três jornadas para o fim da liga e os Gverreiros do Minho prometem ultrapassar o record anterior de pontos obtidos num campeonato, nesta época em que diversos records são pulverizados, como o maior número de vitórias numa temporada, o maior número de golos marcados ou as maiores goleadas obtidas. Recordo que nas cinco primeiras jornadas o SC Braga, a construir uma equipa e com um calendário adverso, registou três derrotas, o que agora pesa na classificação. Uma classificação parcial sem essas cinco jornadas seria assim: SC Braga 65; Benfica 64; Porto 61 e Sporting 59. Mesmo assim, se houvesse isenção das arbitragens os bracarenses estariam certamente na disputa do título de campeão, algo que matematicamente ainda é possível. É demasiado evidente que houve favorecimento de uns em detrimentos de outros, que adulteram a verdade desportiva.

Apesar de todas as vicissitudes, o SC Braga continua determinado em fazer apenas as contas no final, prometendo continuar a fazer história e a mostrar que “esta gente está maluca de ver o Braga sempre na luta”, como tão bem refere a letra do momento no apoio aos Gverreiros do Minho. É lindo o futebol apresentado nos diversos relvados e os braguistas saem dos jogos com a sensação de que vale a pena fazer parte deste projeto, mostrando que “vão ter de contar connosco” até ao fim. Acredito que a verdade desportiva tende a aumentar, pois não é aceitável que haja mais uma época em que a tecnologia sirva para favorecer os clubes do sistema.

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