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BALANÇO DE UMA PRÉ-ÉPOCA ATÍPICA

Os trabalhos de pré-época no SC Braga acabaram, pelo menos na parte mais visível ao exterior, nos jogos particulares que visam prepara a equipa para a nova temporada.

Em ano oficial de centenário, o treinador escolhido foi Carlos Carvalhal, o que mereceu a minha primeira preferência desde sempre, pelo que considero uma decisão feliz do presidente. Mas no futebol as coisas mudam rapidamente e os resultados determinam o sucesso ou insucesso de uma aposta. Assim, faço votos para que o futuro confirme que esta foi uma boa escolha, tal como parece ser neste momento. O novo treinador sabe que o desafio é exigente e só o amor ao clube o fez ficar em Braga em detrimento de um grande desafio no Flamengo, afinal o vice-campeão do mundo. É fundamental, por um lado, que o grupo de trabalho acredite nas ideias do treinador e na mensagem que ele tenta passar, e, por outro lado, é muito relevante que os adeptos demonstrem o seu apoio.

A equipa realizou oito jogos particulares, onde incluo o desafio com a equipa B, tendo obtido cinco vitórias, dois empates e uma derrota, depois de ter marcado dezassete golos e sofrido oito. Ricardo Horta entrou nesta fase de pé quente, tendo marcado quatro golos, seguido de Paulinho e Moura, com três golos cada, André Horta com dois e os restantes divididos por vários jogadores. Uma nota positiva para o facto de nos últimos dois jogos, frente a adversários da primeira liga, os arsenalistas não terem sofrido qualquer golo, o que parece indiciar alguma melhoria a esse nível, em comparação com o elevado número de golos sofrido na temporada anterior. Veremos se este sinal assertório se confirma. Referência positiva para a recuperação total de Tormena e Sequeira, que surgem em condições de ajudar a equipa, e negativa para as lesões de Gaitán e Paulinho, no último jogo realizado frente ao Farense, sendo mais demorada a recuperação do internacional argentino. O balanço global dos trabalhos realizados nesta pré-época atípica é positivo, ainda que exista um caminho árduo pela frente. Todos os jogos foram realizados longe dos adeptos, por força da pandemia que vivemos e das restrições da DGS, que discrimina o futebol, ao não permitir a presença de pessoas, em comparação com outros eventos desportivos, culturais, políticos ou religiosos.

O conjunto de Carlos Carvalhal parece pronto para o início da competição oficial, onde tem um calendário inicial difícil na liga portuguesa, pois o SC Braga não foi protegido no sorteio, à semelhança de outros clubes, numa dualidade de critérios incompreensível. Alerto aqui para a importância de uma Liga com resultados positivos até ao final de novembro, uma vez que esta época apenas os primeiros seis classificados nessa altura ficarão apurados para a fase final da Taça da Liga, onde os Gverreiros do Minho querem defender o título que conquistaram com brilho e justiça na última edição. O primeiro jogo bracarense é difícil e disputa-se no Dragão, frente ao Porto, jogo para o qual importa olhar com atenção por ser o próximo.

In Diário do Minho de 17.09.2020

 

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