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Ataque final

O futebol em Braga já conheceu melhores dias, durante esta época, uma vez que os resultados positivos andam distantes da Pedreira. Houve um declínio dos comandados de Carlos Carvalhal que bem poderia ser objeto de estudo, uma vez que essa queda de rendimento coincidiu com o abrandamento do calendário desportivo.

Os últimos tempos não têm sido fáceis e são uma benesse para aqueles que fazem das redes sociais e dos fóruns os seus espaços de escape, vociferando sempre que o SC Braga não ganha, o que tem acontecido com uma frequência indesejável, nos últimos tempos.

Numa análise mais fria, com o distanciamento possível, direi que alguns jogadores essenciais da equipa bracarense estão a pagar a fatura da acumulação de jogos ao longo da época, o que se traduz num rendimento claramente abaixo do que eles são capazes de ter. De uma forma direta, são exemplos deste desgaste, que conduziu a um sub-rendimento demasiado notório, nomes como o de Esgaio, Sequeira, Galeno, Fransérgio e Ricardo Horta. Ora, é gente a mais para uma equipa só e isso faz com que a vertente ofensiva se ressinta de modo evidente, que leva a que jogadores como Abel Ruiz, Lucas Piazon ou mesmo Sporar, pareçam muito longe do que podem render ofensivamente em prol da equipa. É que os resultados positivos ajudam muito na superação das dificuldades e nesta fase negativa os erros individuais e os equívocos coletivos aparecem facilmente.

O SC Braga vinha de duas derrotas consecutivas, em casa frente ao Sporting e na Madeira frente ao Marítimo, em jogos que a frescura mental dos atletas poderia ter proporcionado dois triunfos, tal foi a superioridade aparente em campo. E foi nesse contexto negativo que recebeu, na Pedreira, o Paços de Ferreira, cuja fase negra da época terminara na jornada anterior, graças a um triunfo difícil frente ao B SAD. Era o tónico que faltava para libertar a equipa, que surgiu em Braga revigorada e em bom plano.

O jogo frente aos castores foi das piores exibições da época da equipa “brácara”, com o primeiro tempo a revelar-se um verdadeiro equívoco, onde o coletivo ficou no banco de suplentes, com tudo o que isso traz de negativo à equipa. Não admirava nada, nem ninguém, que o Paços de Ferreira chegasse ao intervalo a vencer, perante um adversário que não passava de uma caricatura do passado. Os sinais de insatisfação foram dados com o início do segundo tempo, altura em que o treinador bracarense já tinha promovido quatro alterações, com a equipa a apresentar ligeiras melhorias, numa fase em que piorar era difícil.

No final registou-se um empate a um golo, cujo dado mais positivo foi arrumar definitivamente a questão do quarto lugar, o que permitirá, por certo, um tempo de gestão e preparação da final da Taça de Portugal, através da revitalização da equipa, que a guinde a patamares de confiança e exibicionais já patenteados na presente temporada. Existe agora um contexto favorável a um profícuo ataque final ao que resta da temporada, onde incluo os restantes jogos da liga portuguesa, como é evidente, pois o passado já nos mostrou que focar apenas no jogo da final de Coimbra pode ser uma péssima ideia. Uma palavra de apreço para o Paços de Ferreira que talvez tenha sido a equipa que mais fez em Braga e que menos permitiu fazer aos arsenalistas, o que mostra a sua condição de surpresa positiva da época, mesmo com uma queda de rendimento no passado recente.

Aos adeptos apelo a que se unam, porque adversários já existem muitos, fora da esfera do clube. É nos momentos de maiores dificuldades que a equipa deve sentir o apoio daqueles que dela devem fazer parte, pois só juntos seremos mais fortes. É preciso mostrar, inequivocamente, que “aqui tem de ser Braga”.

In zerozero

Foto zerozero

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