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Aqui tem de ser Braga

A visita do Sporting a Braga mostrou, pelas diversas incidências, que há mudanças urgentes, a vários níveis, que necessitam de ser feitas, para que se possa dizer que “aqui tem de ser Braga”.

O jogo teve um resultado que não merece muitos comentários, porque venceu a equipa que marcou um golo no único remate enquadrado que fez e perdeu a equipa que falhou muitas chances de golo. E são os golos ditam a justiça no futebol, por muito cruel que os resultados por vezes pareçam, algo que este jogo levou a um extremo inimaginável.

O encontro de maior cartaz da jornada teve o melhor árbitro, Artur Soares Dias, como deveria ser sempre e, mesmo com alguns erros, a arbitragem não merece reparos globais dos intervenientes, ainda que muitas vezes os intervenientes lisboetas o tentassem enganar, tanto dentro como fora do relvado. A expulsão, justa, do central Gonçalo Inácio, ainda antes dos vinte minutos, ditou uma história diferente para o tempo restante, com uma equipa a posicionar-se atrás, numa espécie de 5x4x0, abdicando de atacar, e outra a tentar chegar ao golo por todas as formas, ainda que muitas vezes sem a imaginação, velocidade, intensidade e clarividência necessárias. Foram escassos os minutos iniciais que prometiam equilíbrio, mesmo que já com ligeiro ascendente caseiro.

A eficácia ditou as leis no final e neste aspeto o Sporting venceu, num contexto muito difícil, e passou um teste de exigência elevada, dando um passo enorme rumo à conquista do título.

O camarote destinado aos visitantes tinha como figuras maiores o treinador Rúben Amorim, castigado na sequência do seu continuado mau comportamento no banco, e Hugo Viana, um diretor desportivo que teve tanto de bom jogador como tem agora de comportamentos desviantes, que deveriam merecer, da sua parte, alguma reflexão. Ainda por cima no regresso a uma casa que sempre o tratou com elevação. Foi absolutamente miserável a postura das duas figuras de proa leoninas, com o diretor desportivo a invadir o local de trabalho da NEXT para ameaçar um dos seus comentadores, António Caldas, que teve uma postura irrepreensível, não descendo ao nível do invasor, ao passo que o treinador se pegou com várias pessoas, ligadas à NEXT e presentes no relvado, revelando que esta coisa da educação deveria ser dada em casa e complementada nas escolas.

Este tipo de comportamentos deve ser banido do futebol e é ainda mais reprovável quando é feito na casa de quem convida. Por isso eu digo que o futuro deve mostrar que “aqui tem de ser Braga”.

Nas mudanças que devem existir coloco a polícia afeta à cidade de Braga, que tem diversas vezes excesso de zelo e bate indiscriminadamente, muitas vezes a quem nada faz. Não é aceitável o comportamento de alguns agentes, como se viu nas diversas filmagens que as redes sociais propagam a grande velocidade.

Uma sugestão final para reflexão alargada àqueles que apoiam os três clubes do sistema, que mediante estes comportamentos constantes, a roçar a delinquência, deveriam merecer a sua reprovação. Temos de dizer e aplicar em uníssono que “aqui tem de ser Braga”.

In Diário do Minho de 29-04-2021

Foto recriada

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