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ANÁLISE DA ÉPOCA DO SC BRAGA

Terminou a época de futebol em Portugal, com a realização da final da Taça de Portugal, entre o D. Aves, que chegou ao Jamor no maior momento da sua existência, e o Sporting, envolto em momentos difíceis, na fase mais negra da sua história, com vitória dos avenses e, especialmente, do “eterno Quim”, que mereceu esta conquista mais do que ninguém. A lamentável presidência de Bruno de Carvalho levou o Sporting para níveis lamacentos demasiado baixos, de uma instituição que habituou os portugueses a ser de respeito, mas que esta péssima gestão colocou completamente em causa. A credibilidade do futebol em Portugal desceu para níveis nunca vistos e urge castigar severamente, antes que seja tarde de mais e o futebol se mate a si próprio a breve prazo. Eliminem e castiguem os atos de corrupção e/ou de tentativas de corrupção. Os fortes indícios de corrupção do Sporting, que têm vindo compassadamente a público, têm que ser investigados até ao limite e com isenção, devendo ter consequências se objetivamente for caso disso, como tudo leva a crer. O mesmo se aplica à situação dúbia do Benfica e aos casos que correm, devagar, nos tribunais. Mas como estamos em Portugal, em que a justiça é lenta e para alguns nunca funciona, a crença de ver penalizações, vistas em Itália ou França no passado, serem aplicadas em Portugal é praticamente nula. Haja fé. Muita fé.

É tempo de fazer uma análise da época do SC Braga. Ao nível das taças, os arsenalistas tombaram cedo de mais, com a dor maior a recair na Taça da Liga, cuja final four foi realizada precisamente em Braga e em que o clube teve todas as condições para chegar à fase decisiva da competição, disputada por quatro clubes. A inesperada derrota em Setúbal deitou por terra as aspirações legítimas dos bracarenses e apurou desde logo o V. Setúbal para seguir em frente. Estavam abertas algumas feridas e instalada alguma desconfiança, mas a equipa soube reagir. Na Taça de Portugal, a equipa de Abel Ferreira tombou em Vila do Conde, ao perder por 1-0 num jogo em que os adeptos acorreram em massa e Tiago Martins fez uma arbitragem miserável. Para a história ficou uma derrota injusta, com interferência direta do árbitro da AF Lisboa. Estava estampada nos rostos braguistas a tristeza e a revolta. O Rio Ave eliminaria o Benfica em seguida, para depois tombar aos pés do finalista e vencedor D. Aves.

A nível europeu, o SC Braga foi cumprindo os diversos objetivos definidos, passando a terceira pré-eliminatória, em que eliminou o AIK, da Suécia, e o play-off, em que eliminou o FH Hafnarfjordur, da Islândia, o que lhe valeu chegar à fase de grupos. O sorteio ditou que no grupo C acompanhariam o SC Braga o Ludogorets Razgrad, da Bulgária, o Basaksehir, da Turquia e o TSG Hoffenheim, da Alemanha, num grupo que se antevia equilibrado, onde o apuramento, que estava no horizonte minhoto, foi obtido com o brilhantismo do primeiro lugar e em que a vitória nos dois jogos sobre o TSG Hoffenheim era o expoente mais alto. Vencer na Alemanha, perante um adversário tão forte que terminou a presente temporada apurado para a próxima edição da Liga dos Campeões, está ao alcance de poucos. O SC Braga levou o nome da cidade bem longe, com o sucesso nos jogos europeus. A participação positiva dos Gverreiros do Minho, nos 12 jogos europeus realizados, traduziu-se em 7 vitórias, 2 empates e 3 derrotas, até cair de pé frente ao Marselha, que seria finalista vencido e que perdeu em Braga por 1-0 na despedida uefeira dos arsenalistas.

A resposta do SC Braga à derrota em Marselha foi forte, lamentando-se apenas a perda infeliz de quatro pontos, dois na Feira, em que sofreu o golo do empate nos descontos num jogo em que deveria ter vencido, mas que a ineficácia e uma arbitragem miserável não permitiram, e dois em casa frente ao Boavista, em que um penálti desperdiçado nos descontos, deixou a equipa fora do apuramento para a Liga dos Campeões. A derrota no Rio Ave no último jogo, após mais uma grande deslocação de adeptos, não apaga a grande campanha realizada, bem patente nos inéditos 75 pontos conquistados, que em diversas épocas chegavam para ser campeão e nesta valeu “apenas” o quarto lugar.

O Engenheiro Fernando Santos divulgou os 23 convocados para a fase final do Mundial 2018, onde foi excluído o nome de Paulinho do SC Braga, que integrava a lista de 35 pré-convocados, anteriormente divulgada. Também o nome de Éder, o herói da final do Euro 2016, foi riscado da lista final. A exclusão de Paulinho, além de outras discutíveis, retira algumas coisas diferentes que o avançado poderia acrescentar na seleção. Mesmo assim, boa sorte Portugal.

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