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AFRONTA ÀS GENTES DE BRAGA E DO BRAGA

O conselho de disciplina castigou o SC Braga com um jogo à porta fechada, por alegado racismo manifestado num jogo disputado no longínquo mês de agosto e ganho de forma clara nas Aves na presença de muito adeptos. O encontro decorria de forma tranquila quando Hamilton agrediu de forma violenta Rosic, deixando o central sérvio a sangrar, ato que lhe valeria o cartão vermelho direto e as manifestações de desagrado dos adeptos braguistas. O jogador avense dirigiu o seu descontentamento para as bancadas e obteve resposta, mas daí a falar-se em descriminação racial vai uma distância planetária.

Muito tempo decorrido, numa lentidão que caracteriza bem a justiça em Portugal, José Manuel Meireim e seus pares fizeram questão de mostrar uma vez mais o que é o sistema em Portugal, que castiga com “erros de arbitragem” ou com “castigos de jogos à porta fechada” quem ousar lutar contra o estado existente do futebol português. Ora, como o SC Braga está a realizar uma grande época, sendo a equipa portuguesa com mais vitórias na temporada, mesmo contra a vontade do famoso sistema, torna-se necessário “avisar” desde já as cores afetas ao clube bracarense, numa afronta que exige a resposta adequada das gentes de Braga e do Braga. Desconhecem por certo os senhores, que pensam mandar no futebol português até à eternidade, a fibra que caracteriza o povo da capital do Minho. Foi neste contexto que surgiu de imediato a resposta, pela voz de António Salvador, de abertura das portas a quem quisesse ver o jogo da liga contra o Paços de Ferreira, para mostrar que em Braga não existe qualquer descriminação relativa à cor da pele, seja com mais ou com menos gentes nas bancadas e que a união em torno da equipa, que mostra vontade sem limites de lutar pelas vitórias, é crescente e ameaça prosseguir, para desassossego dos vis interesses instalados no futebol luso. Vão mesmo ter que contar connosco. Espero que o bom senso e o escasso sentimento de justiça que ainda existe em Portugal corrija, em instância superior, a aberrante decisão tomada, uma vez que o recurso foi feito de imediato, para que se saiba que “quem não se sente, não é filho de boa gente”, e Braga orgulha-se dos seus progenitores.

O conjunto de clubes que não inclui os três “autoproclamados grandes”, denominado por G15, voltou a reunir, desta vez em Vila do Conde. Voltaram a faltar os Vitórias (de Setúbal e de Guimarães), o Portimonense e o Moreirense, ainda que novamente de forma justificada, mesmo que ninguém entenda essa justificação, a não ser no caso dos sadinos, que são por agora um clube com um Presidente demissionário. Depreende-se que Moreirense e Portimonense se avaliem como sérios candidatos à descida, a quem quaisquer ajudas podem ser “boas” e o Vitória Sport Clube esteja contente com o estado atual das coisas, mesmo que contra a vontade generalizada dos seus sócios e adeptos. Deste encontro alargado surgiram algumas medidas, capazes de melhorar o futebol português, desde que os clubes maioritários entendam que juntos valem muito mais do que imaginavam.

Dentro do relvado, o SC Braga venceu o Feirense por 3-1, com todos os golos a surgirem na primeira parte. Pelos Gverreiros do Minho marcaram Bruno Viana e Paulinho, que bisou depois de entrar para o lugar de Fransérgio, cuja lesão sofrida parece colocar em risco o resto da época. O segundo período permitiu gerir o enorme esforço despendido no apuramento europeu frente aos alemães do Hoffenheim, numa vitória justa da melhor equipa no relvado.   

A receção ao Paços de Ferreira ocorreu com os adeptos a vestirem uma t-shirt com o slogan do clube, em resposta à provocação que tem surgido de várias formas.  Foi com o espírito de que “vão ter de contar connosco” que o jogo decorreu, com os visitantes a usarem e abusarem do “futebol à Petit”. Neste encontro o VAR funcionou, contra o SC Braga, cujos adeptos tiveram a estranha sensação de festejar um golo, que seria o primeiro e quando o jogo ia ser recomeçado, foi dada ordem de anulação. O resultado de 3-0, com golos de Bruno Viana, Ricardo Horta e Dyego Sousa, foi inteiramente justo, num jogo em que o final voltou a mostrar a comunhão entre a equipa e os adeptos. Está a crescer em Braga uma grande equipa. Assim nos deixem caminhar que qualidade é evidente.

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