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A VERDADE QUE NINGUÉM QUER

O SC Braga surgiu na presente temporada com objetivos altos, de lutar pelo topo da classificação, ainda que, oficialmente, apenas se diga que o objetivo é “ficar nos quatro primeiros lugares”. Os corações braguistas palpitam quando a sua equipa joga, tanto em casa como fora. Muito se discute em Braga sobre a questão dos números falsos que diversos clubes apresentam nos jogos em casa e de modo contínuo, com os arsenalistas a surgirem em contraciclo, surgindo publicamente, algumas vezes, números que parecem ficar aquém da realidade. Os jogos fora de casa têm mobilizado muita gente, como se viu nas recentes deslocações a Felgueiras, Guimarães ou ao Dragão, onde um mar de gente teimou em fazer do acompanhamento da sua equipa um conjunto de momentos de festa coletiva. Os Gverreiros juntam-se e a Legião fica, indubitavelmente, mais forte.

As recentes deslocações a Guimarães e ao Porto trouxeram a público o deficiente trabalho da Polícia de Segurança Pública, que teima em fazer maus planeamentos que depois se refletem na entrada tardia dos adeptos nos estádios. Ora, se é necessário cativar público para os estádios portugueses urge evitar que as pessoas cheguem atrasadas aos jogos de futebol, como tem acontecido em várias ocasiões, fundamentalmente devido a comportamentos desviantes de grupos de adeptos e ao mau trabalho da polícia, que tem sido incapaz de cumprir a sua função de garantir a segurança e a entrada atempada dos adeptos nos recintos desportivos.

Dentro das quatro linhas o SC Braga, fruto da superior qualidade do seu futebol, nada deve aos “autoproclamados grandes” de Portugal, surgindo em condições que lhe permitem alimentar o sonho braguista, de ver o título de campeão nacional chegar à capital do Minho. O problema é que o futebol vai muito além do que se joga no retângulo verde e as arbitragens contribuem negativamente para a névoa suspeita que deixa as pessoas desconfiadas. Portugal é um país em que o tráfico de influências é tremendo, onde quem tem o poder domina e condiciona quem é dominado. A generalização do sentimento de que existe corrupção e erros premeditados fazem muito mal ao futebol. É, basicamente, isto que se tem passado ao longo dos tempos no futebol português, com os árbitros a serem condicionados por quem se julga “dono disto tudo”, a que se juntam o medo resultante de algumas intimidações impunes e a incompetência natural dos homens do apito.

Olhando para o passado recente não se entende como a existência do VAR permite a ocorrência de alguns erros grosseiros, sempre em prol dos mesmos, como se viu, por exemplo, mas havendo outros, na arbitragem do Sporting em Alvalade diante do GD Chaves, onde Tiago Martins, com ajuda tecnológica, decidiu quem deveria vencer este jogo. É caso para dizer que “eles comem tudo e não deixam nada” e o incrível é que os três clubes do sistema se queixam sempre que um é mais beneficiado do que outro. Noutro exemplo, o SC Braga em Guimarães marcou dois golos e empatou 1-1, com o golo invalidado a ter como razão um contacto entre Dyego Sousa e Sacko, num lance em tudo semelhante ao golo da vitória do Porto frente aos bracarenses ou ao golo do triunfo sadino em Tondela. Preocupa imenso que as arbitragens e as intervenções do VAR surjam sem critérios claros definidos, ficando as decisões ao livre arbítrio de quem apita os jogos ou faz o acompanhamento tecnológico dos jogos.

Fica assim exposta, em várias vertentes, a verdade ninguém quer, ainda que depois se apregoe o contrário, num descaramento sem limites de quem diz lutar pela “verdade desportiva”. Estão a matar o futebol através de ferimentos diversos, pelo que se torna necessário que quem comanda este importante setor económico tome medidas que tragam a credibilidade aos jogos.

Seria muito importante que no desporto em geral e no futebol em particular a ética prevalecesse. Formulo aqui um desejo para que os diversos processos que estão em tribunal, envolvendo símbolos habituados a vencer a qualquer custo, sejam decididos com brevidade e coragem, penalizando quem merece ser penalizado. Bem sei que para algumas mentes estes desejos são perniciosos, mas é preciso que a ideia de transparência apareça rapidamente, que a crença das pessoas nas virtudes do desporto aumente de forma consistente e que prevaleça, reforçando-se a fé daqueles que ainda acreditam que é possível ganhar através da competência. 

Excecionalmente não escrevo sobre os diversos resultados do SC Braga. Pode parecer injusto para alguns desempenhos, mas a minha opção foi esta. Por cada Gverreiro tombado levanta-se uma Legião, pelo que, por muito que custe, vão ter de contar connosco.

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