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A ressaca

A pausa nas competições de clubes, destinada às seleções, deu tempo ao SC Braga para recuperar da derrota pesada sofrida na Luz, muito além do imaginável. Assim, a ressaca desse insucesso foi feita com calma e tranquilidade, pois a paragem acabou por ajudar. Muitas vezes se diz que depois de um insucesso os jogadores querem jogar rapidamente, para corrigir a imagem negativa deixada, mas neste caso acredito que o grupo fizesse a recuperação mais adequada em conjunto e sarando as eventuais feridas abertas com tão desnivelado resultado.

A análise mais distante no tempo e, por isso, mais fria, permite relativizar o que aconteceu naquela noite, lá para os lados da capital. É deste modo que a mensagem a passar sublinha que se tratou de uma derrota num recinto onde muitos perdem, e que esta foi a segunda na liga. Perdeu-se uma oportunidade de ganhar três pontos ou, num cenário menos positivo, um ponto, pois ao contrário do que se diz de modo recorrente o SC Braga não perdeu três pontos, uma vez que o seu pecúlio ficou como estava antes do jogo.

A semana de trabalho visou analisar o muito que foi mal feito e retirar o pouco de positivo que o resultado desnivelado proporcionou. Acredito que os responsáveis, em conjunto com os jogadores, tenham sido capazes de escalpelizar toda a situação e partir daí para uma nova fase, que começou no primeiro dia após a retoma dos trabalhos.

A competição que determina o regresso dos clubes é a Taça de Portugal, onde os Gverreiros do Minho têm as naturais responsabilidades de quem venceu a última edição. O adversário que visita a Pedreira é o Santa Clara, que já esta época deixou claros amargos de boca aos bracarenses, quando empatou o jogo dos Açores para a Liga nos descontos, altura em que tudo indiciava que o escoamento do tempo significaria uma vitória para os comandados de Carlos Carvalhal. Mas cada jogo tem uma história diferente e este não fugirá à regra, pelo que se espera que desta vez exista um desfecho mais feliz mais almas braguistas.

Uma nota adicional para Abel Ruiz, que tem andado de pé frio em Braga, mas mesmo assim mereceu a confiança do selecionador espanhol da equipa de sub 21, onde é o capitão. Ora, na visita a Malta o avançado espanhol foi o exemplo que se impunha, tendo marcado dois golos e feito, ainda, uma assistência, que o guindou a um patamar elevado neste jogo. Parece que Abel Ruiz deverá regressar revigorado e de cabeça limpa, de maneira a voltar a ser o jogador influente que já foi no passado na equipa arsenalista. Moralizado chegará certamente e isso pode voltar a fazer dele novamente uma peça importante no xadrez que Carvalhal comanda.

Por fim, fica uma nota para as seleções de Portugal. Nos sub 21 o bracarense Vitinha anseia pela estreia, nesta sua primeira aparição na seleção nacional, o que a acontecer tornará inesquecível este período em que trabalhou com as quinas ao peito. No que concerne à seleção principal, faço votos para que a equipa se apure desde já para o mundial, bastando para isso que não perca na receção à Sérvia. Todos sabemos como pode ser perigoso descansar sobre um empate que bastará, mas por outro lado existe um conforto suplementar de saber que a seleção da nação valente joga com o facto de uma vitória ou um empate significarem o apuramento imediato. Mesmo assim, depois de observar a fraca prestação da seleção em Dublin, frente à Irlanda, e todo o contexto de jogadores indisponíveis, lamento que o responsável pelas convocatórias se tenha esquecido, uma vez mais, que Ricardo Horta joga em Braga e já justifica, há muito, uma chamada à seleção principal, onde apenas jogou uma vez, nos longínquos tempos de Paulo Bento. Que a Luz ilumine o caminho do apuramento.

 

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