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A PRESSÃO DO FUTEBOL PORTUGUÊS

O SC Braga recebeu o Rio Ave na condição de líder da liga portuguesa. Importava saber como reagiriam os Gverreiros do Minho à pressão colocada na equipa pelo facto de comandar a classificação. A resposta ficou aquém do que desejavam os adeptos e deixou algumas interrogações, que o tempo se encarregará de esclarecer. O jogo frente aos vilacondenses teve como árbitro Tiago Martins, de Lisboa, que tem tido diversos os acontecimentos negativos quando apita os arsenalistas, como é exemplo recente a miserável arbitragem da época passada em Vila do Conde, por “coincidência” frente a este adversário, e que ditou o afastamento injusto da equipa de Braga nessa competição. As arbitragens de Tiago Martins têm o condão de enervar a equipa e os adeptos, pois parece predestinado para essa irritação crescente.

O jogo teve um primeiro tempo equilibrado, até que os bracarenses inauguraram o marcador, por intermédio de um bom golo de Ricardo Horta, mas o Rio Ave respondeu pouco tempo depois e restabeleceu o empate, que haveria de se manter até ao final da partida. A segunda parte parecia pender para a equipa de Abel Ferreira, mas a ineficácia traiu os corações braguistas. As alterações introduzidas pelo treinador surgiram em dose dupla numa fase em que a equipa estava por cima no jogo, tendo sido bastante infelizes, com evidência demasiada para a saída surpreendente de Dyego Sousa, ficando Wilson Eduardo em campo, quando a equipa necessitava mais da presença na área do primeiro do que da profundidade do segundo. Ainda por cima Paulinho entrou mal e a equipa ressentiu-se disso mesmo, assim como da prestação inferior de João Novais, que esteve aquém do que sabe e pode fazer. O comandante arsenalista referiu que também ele já teve dias mais felizes, o facilmente se entende. A melhor chance de golo do segundo período surgiu na cabeça de Wilson Eduardo, ainda que mais tarde Tarantini tenha negado duas vezes seguidas o golo em cima da linha de baliza. Os rioavistas também tiveram oportunidades, pelo que o empate final acaba por se ajustar aos erros e à ineficácia observados.

Uma nota para a equipa se sub 23 que voltou aos triunfo, ao bater o Marítimo por 2-1 e alcançando novamente a parte cimeira da classificação, mantendo a ambição de se apurar para a fase decisiva da competição.

O futebol português está dominado pelos diversos casos que foram investigados ou estão neste momento em processo de investigação. É neste contexto que surge o Benfica, com os casos que têm abalado o universo da águia, com especial relevo para os processos dos “mails” e “e-toupeira”, que já ultrapassaram largamente as fronteiras nacionais. Ora, o primeiro caso trouxe a público algumas coisas impensáveis, em diversas frentes, Vou-me cingir à época 2009/2010 onde o SC Braga foi vice-campeão nacional precisamente atrás do Benfica, numa época em que aconteceram cenas lamentáveis no túnel da Pedreira e do qual resultaram os castigos dos “maus” jogadores bracarenses, com Vandinho a ser castigado de uma forma que ninguém ousara pensar antes e que apenas o escrupuloso presidente do Conselho de Disciplina (CD) à altura, Ricardo Costa, tratou de colocar em prática. O mesmo órgão de decisão enfraqueceu ainda mais o líder da liga nesse momento com o castigo de mais dois jogadores, Mossoró e Ney Santos, que se juntaram ao castigo surreal aplicado ao Capitão Vandinho. Sabe-se agora, por causa de alguns mails que vieram a público, que o “zeloso” presidente do CD é um “benfiquista ferrenho” (o seu sogro também, mas para o caso pouco releva) e também pedia bilhetes para jogos importantes. Escusado será dizer que do lado benfiquista os “bons” não sofreram castigos dignos de registo, na sequência das suas práticas nesses acontecimentos. Braga e Lisboa significava a diferença entre maus e bons. Como braguista, sinto que a verdade passou ao lado desse campeonato e que o título foi indevidamente retirado ao SC Braga. Com franqueza, fico de pé atrás em relação à justiça portuguesa, que seja do foro civil ou do foro desportivo, pelo que a esperança de ver castigados os comportamentos de quem merece castigo é uma coisa muito ténue ou mesmo inexistente. Mas gostava de ser surpreendido e ver os “poderosos” pagarem pelas suas infrações. Palavra à justiça, ainda que nesta nação valente afrontar os interesses instalados tem sempre um preço elevado, que poucos querem pagar.

 

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