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A PAUSA FORÇADA

As competições pararam todas ou quase todas, devido à situação pandémica que se verifica a nível mundial. De repente surgiu uma pausa forçada, que para uns poderá ser benéfica no futuro e para outros prejudicial. Mas o essencial é que a vitória maior seja de todos e se traduza na derrota do “coronavírus”. A saúde pública global é um bem que urge preservar e por isso as várias entidades não hesitaram em tomar medidas drásticas, alheadas de eventuais prejuízos existentes, o que se louva, na minha opinião.

O Sporting Clube de Braga, à semelhança de outros clubes, soube reagir de imediato à situação concreta que este momento representa. Todas as equipas de formação foram de imediato suspensas e os trabalhos das equipas profissionais foram responsavelmente interrompidos. O desporto soube, uma vez mais, ser um bom exemplo para a sociedade.

O regresso às competições, ainda sem qualquer prognóstico real, está envolvido num conjunto de dúvidas e incertezas. A interrupção obrigatória não permite a realização dos trabalhos normais, pelo que as equipas que tenham sistemas mais consolidados e consigam que os seus atletas consigam manter a forma em níveis aceitáveis, fruto de rigorosos planos individuais de trabalho, monitorizados tecnologicamente a distância, estarão mais perto do sucesso quando os jogos a sério acontecerem.

A pausa forçada nas competições e nos treinos coletivos tem dado espaço para o conhecimento público de situações menos claras que gravitam à volta do futebol, graças a confissões de quem esteve ou está pressionado pelos (ir)responsáveis do mundo da bola. O ex-árbitro Jorge Ferreira colocou, há dias, o dedo, de modo parcial, em várias feridas que putrificam o futebol, com especial ênfase para a pressão existente sobre os árbitros, em especial aos que desagradam quem “manda” no futebol e a eventual viciação de resultados. Recentemente, alguns árbitros no ativo falaram, debaixo de anonimato, sobre as pressões de que são alvo e sobre a atuação do VAR, com especial relevo na colocação das linhas de fora de jogo, onde a técnica não garante, por agora, a fiabilidade que se exige, a bem da verdade. Num período intermédio, até que o rigor tecnológico das linhas seja efetivo, penso que deveria ser considerada uma margem de erro, capaz de evitar que um jogador seja penalizado, por exemplo, apenas porque as suas chuteiras são maiores que as de um colega de profissão. O VAR tem validado tecnologicamente algumas decisões puramente aberrantes e incompreensíveis.  As acusações maiores recaem sobre o conselho de arbitragem e sobre o “sistema” a que este está submetido, pelo que se exigem tomadas de posição que permitam uma limpeza que possa trazer de volta, no futuro, uma transparência que faça regressar as pessoas aos estádios e contribua para que a verdade desportiva impere. As entidades responsáveis não podem fazer de conta que nada se passa e devem banir do mundo do futebol quem deve ser afastado. Se assim não for, o futebol estará condenado a uma morte lenta.

À parte do desporto, as escolas portuguesas fecharam, seguindo o caminho de outros países, encontrando caminhos alternativos que diminuam os prejuízos dos alunos, o que me deixa satisfeito enquanto professor. Não se compreenderia que as escolas, por norma locais de muita gente aglomerada, não fechassem portas a bem da saúde das pessoas que constituem as diversas comunidades escolares e/ou educativas. Não me pronuncio sobre outros setores para não escrever algo que não deva, mas parece que a sociedade em geral está determinada em ultrapassar, o mais rápido possível, esta batalha que é de todos.

Por fim, gostaria de dizer que a vida continua. A situação exige responsabilidade individual e coletiva, mas deve ser evitada qualquer situação de pânico generalizado. Por favor, leiam isto no conforto do vosso lar, onde devem permanecer de modo responsável. Uma palavra de apreço para todos os profissionais de saúde que trabalham para que o “o dia seguinte possa ser sorridente”. A situação será controlada em breve, acredito eu.

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