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A leveza do apito

O tempo corre em modo de fim de pré-época para os clubes, que ainda estão em processo de aquisição de processos, mas são obrigados a competir. É normal que assim seja, pois a competição é muito importante para que as equipas vão aprimorando os referidos processos, orientados pelas diversas equipas técnicas.

A deslocação do SC Braga a Moreira de Cónegos culminou em festa para a Legião do Minho, uma vez que o golo triunfal chegou no período de descontos concedido pelo árbitro. Têm sido vários os casos em que o período de descontos é elevado, castigando, bem, a vontade que algumas equipas demonstram de não querer jogar, pelo que o espetáculo sai, certamente, beneficiado com esta extensão do tempo de jogo. Em resumo, os bracarenses chegaram a dois golos de vantagem, permitiram o empate já perto do fim, mas demonstraram uma fé enorme, com a ajuda fundamental proveniente da bancada, onde os adeptos estiveram no seu lugar natural, deixando vazio o espaço destinado ao cartão do adepto, em consonância com o vazio que o mesmo representa, para chegar à vitória, através de um grande golo do 21, Ricardo Horta, que voltou a mostrar porque é um símbolo maior do clube e ostenta a braçadeira de capitão. Os festejos foram um momento coletivo de verdadeira loucura e representaram, por certo, uma autêntica libertação, repondo justiça no resultado.

O encontro no reduto dos cónegos mostrou uma arbitragem fraca, a tender para o miserável, de Hélder Malheiro, cujo auxílio de André Narciso no VAR parece ter sido inexistente, restando a dúvida de tal se ter verificado por uma falha de comunicação ou por outra razão diferente. Foi gritante a diferença, observada no relvado, no juízo de lances nas áreas, com os “moreirenses” a beneficiarem de um penalti inexistente, ou muito duvidoso, para “ressuscitar” na partida, ao passo que a favor dos de Braga não houve como decidir com competência nenhum dos vários lances nas áreas, ou na forma como o árbitro não assinalou uma falta de Steven Vitória, que implicaria a sua expulsão. A minha decisão de falar desta arbitragem prende-se com o facto de o SC Braga ter ganho, algo que não me inibe de falar no momento da vitória das várias coisas mal decididas, tal como não falei no jogo anterior contra o Sporting, para que as críticas não fossem vistas como desculpas para a derrota, apesar de ser evidente que nesse jogo houve um lance de mão na área, que o árbitro viu, que noutros jogos significaria penalti e que na Pedreira significou zero. A diferença de critérios da arbitragem em Moreira, a que se juntaram sinais preocupantes do jogo anterior frente aos leões, numa leveza do apito que me deixa apreensivo, não auguram nada de bom, nem de novo, para o desenrolar da temporada, em termos de verdade desportiva. Mas, a partir destas linhas de escrita, desejo, de modo sincero, que esses receios sejam infundados e todos os emblemas sejam vistos de forma análoga pelos árbitros.

Noutro âmbito, os lugares do cartão do adepto têm estado vazios na sua maioria nos diferentes estádios, de um modo muito feliz, na minha opinião. É que se os adeptos fazem falta ao futebol, a péssima ideia que representa o cartão do adepto não faz qualquer falta e nada acrescenta, a não ser uma animosidade crescente por parte dos adeptos dos clubes. Oficialmente existem neste momento 1696 cartões, sendo que sessenta por cento pertencem ao FC Porto, incompreensivelmente. A imposição unilateral deste cartão merece a reprovação de todos, sem exceção.

A próxima jornada inclui o dérbi maior, com o SC Braga a receber o vizinho Vitória SC, na Pedreira, antes da paragem da liga. Este é um jogo diferente de todos os outros, onde as emoções vão muito para além de qualquer razão, mas como seria bom que a rivalidade não fosse além do que se passa no relvado e, antes ou depois do jogo, todos fossem livres de circular livremente, com o que quisessem vestir. Talvez um dia isso possa tornar-se realidade. Assim espero, no mundo da (minha) fantasia.

 

In zerozero

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