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A legítima queixa à FIFA

Começo por contextualizar o assunto principal deste artigo, as dívidas do Sporting ao SC Braga.

A temporada anterior em Braga teve cinco treinadores, como já é de conhecimento geral. Abel Ferreira saiu na pré-época e entrou Ricardo Sá Pinto, que fez uma grande campanha europeia, mas esteve muito aquém na Liga portuguesa, como atestam, por exemplo, as derrotas consecutivas contra os dois últimos classificados de então, D. Aves, fora, e Paços de Ferreira, em Braga. Assim, em dezembro, a saída de Sá Pinto pareceu natural para quem tem sede de vencer, face ao incumprimento das expectativas existentes na legião do Minho. Para o seu lugar entrou Rúben Amorim, que teve um percurso brilhantes na Liga, onde só cedeu um empate frente ao Gil Vicente, e na Taça da Liga, em que venceu com brilho a final four disputada precisamente em Braga. Ora, foi como campeão de inverno e alojado no terceiro lugar que o treinador que começara na equipa B arsenalista foi assediado pelo Sporting, algo só possível neste país, onde algumas coisas impensáveis acontecem de modo impune. O Sporting prometeu a Rúben Amorim condições financeiras incomparavelmente superiores às ele tinha em Braga, e ao SC Braga prometeu pagar a cláusula de rescisão, que era de dez milhões de euros. Os leões propuseram o pagamento em duas tranches, tendo falhado logo na primeira, o que obrigava a pagar tudo a seguir. Escudados na pandemia propuseram novo acordo, que remetia o pagamento para o próximo mês de setembro, o que foi aceite pelo líder bracarense, António Salvador, que acreditou no que ficava escrito. O acordo assinado, sem qualquer boa fé por parte dos leões, previa o acréscimo de juros em caso de incumprimento, pelo que a verba atual, que deverá ser liquidada em setembro próximo, se situa bem acima dos dez milhões de euros iniciais. Portanto, o Sporting foi a Braga aliciar e “roubar” o treinador a um concorrente direto na luta pelo terceiro lugar. A conclusão da Liga confirmou o pódio aos Gverreiros do Minho, mesmo sobre o limite do seu epílogo, parecendo que se escreveu direito por linhas tortas, ou desonestas.

A presente temporada tem mostrado um Sporting pujante no mercado, mesmo sem pagar, de modo inconcebível, as dívidas que tem para com o SC Braga, voltando a usufruir impunemente de concorrência desleal na luta pelos lugares do pódio, que terão importância maior a partir de agora, uma vez que todos permitem chegar à Liga dos Campeões, com tudo o que isso representa, desportiva e financeiramente.

Face ao exposto, como sócio de muitos anos do SC Braga, proponho, em jeito de exigência, uma postura inflexível ao Presidente António Salvador, traduzida na apresentação de uma legítima queixa à FIFA logo depois de terminado o prazo de setembro, que se aproxima e atormenta os leões de bolsos vazios. Penso que este meu pensamento será corroborado pela maioria esmagadora dos associados do clube e apenas peca por tardia, mas como diz o povo “mais vale tarde do que nunca”. Estarei atento ao que se vai passar e nem me passa pela cabeça qualquer novo acordo que permita prolongar os prazos de pagamentos dos “calotes” existentes.

Esta semana a legião minhota foi surpreendida pela substituição do OLA (Oficial de Ligação aos Adeptos), tendo saído Rogério Gonçalves, de trato afável, entrando para o seu lugar o ex-comissário da PSP de Braga, José Barbosa. Esta nomeação caiu mal no universo arsenalista, como mostram as inúmeras reações negativas, quer nas redes sociais, quer nos fóruns braguistas ou mesmo em grupos privados de sócios, uma vez que ninguém se esquece dos contínuos maus tratos da polícia, onde ele era comissário, para com os adeptos nas deslocações ao longo dos últimos anos. O currículo apresentado pelo novo OLA mais parece que ele foi nomeado para Oficial de Segurança dos Adeptos, pelo que não auguro nada de bom no desempenho do cargo. Se o futuro me desmentir cá estarei para me retratar.

A pré-época continua em Braga, na cidade desportiva, e a comunicação regular entre o grupo e os adeptos, através das redes sociais e do canal do clube, tem mostrado que o exigente caminho do sucesso aparenta estar encontrado. O grupo está, por agora, fechado, mas admito que Paulinho possa ainda sair em breve e que alguém entre para o seu lugar. Se por alguma razão o avançado português, que estranhamente ainda não é internacional A por Portugal, ficar em Braga sugiro que o clube lhe renove o contrato, melhorando as condições salariais. Paulinho sempre foi e continuará a ser acarinhado em Braga. Espero que ele continue orgulhoso do símbolo que representa.

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