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A chave de ouro

A época desportiva do SC Braga foi fechada em beleza, através da conquista da Taça de Portugal, em Coimbra. A chave de ouro, referida e muito desejada por diferentes intervenientes na antevisão do jogo, apareceu mesmo, para gáudio da Legião do Minho, em ano de comemoração do centenário de fundação do clube.

O SC Braga partiu em busca da sua terceira Taça de Portugal, o que acabou por conseguir. Desta vez o futebol não foi cruel no seu resultado, uma vez que a justiça é sempre feita com os golos que se conseguem marcar e/ou evitar.

O encontro fez doer a alma de qualquer adepto ao ver o estádio vazio nesta final inédita, o que me fez pensar que o bom senso andou arredio de quem toma as decisões neste país. Havia condições para colocar três a cinco mil pessoas de cada clube, cumprindo as regras sanitárias de segurança, tal como parecem existir condições para colocar alguns milhares de adeptos britânicos na final da Liga dos Campeões, que se disputará no Dragão, no próximo sábado, entre Chelsea e Manchester City. Mas a decisão não foi essa, pelo que só resta mesmo lamentar e esperar que o regresso gradual à normalidade dos estádios seja retomado no início da próxima época desportiva.

As diferenças entre os dois clubes finalistas à partida para a época eram colossais, mas no final o balanço acaba por ser mais favorável aos Gverreiros do Minho, depois da brilhante vitória conseguida. No retângulo de jogo as diferenças conseguem, por vezes, diluir-se pela competência dos intervenientes, tal como aconteceu desta vez, felizmente do ponto de vista minhoto.

O triunfo de 2-0 faz entrar diretamente na história centenária bracarense todos os envolvidos, ainda que os nomes de Lucas Piazon e de Ricardo Horta sejam de mais fácil recordação, por terem sido os autores dos golos decisivos, ainda que o nome maior do jogo seja, na minha opinião, o de Abel Ruiz, que fez uma exibição notável, destacando-se num coletivo que soube ser forte, coeso, unido, alegre e feliz. Afinal, estes jogadores quiseram fazer parte da história, em vez de olhar a história que outros já haviam feito, o que deixou felizes todos os adeptos braguistas, mesmo aqueles que veem sempre o lado negativo das coisas, que por altura também se sentirão campeões, obviamente.

Carlos Carvalhal mereceu este triunfo, porque foi obtido com o símbolo que aprendeu a amar desportivamente desde miúdo, pelo que a felicidade dele, e de todos os que gostam dele, foi enorme. O treinador, braguista de coração, abdicou de outras propostas tentadoras, com a finalidade de conquistar algo importante para o SC Braga. Aposta ganha e lugar de destaque garantido, com distinção e paixão, nos registos arsenalistas. Parabéns Carlos Carvalhal e que o futuro volte a ser risonho em Braga.

Um sublinhado final para referir que esta conquista consolida o crescimento do SC Braga, pois são os títulos que o sustentam. Além disso, foi garantida a presença na final da Supertaça, já no próximo dia 1 de agosto, para disputar um título que falta no museu. Assim, é hora de disfrutar e começar a preparar da melhor forma a próxima época, para que um dia, no futuro próximo, se possa fazer o que ainda não foi feito.

 

In Diário do Minho, de 27-06-2021

Foto SC Braga

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