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A boa astreia de Paulinho

A primeira vez que Paulinho foi convocado para a seleção A de Portugal culminou com a titularidade contra a seleção de Andorra, num encontro de caráter particular. Curiosamente, a frente de ataque de Portugal nesse jogo tem um passado recente por Braga, dado que Paulinho teve a companhia de Trincão e Pedro Neto, dois produtos da formação arsenalista. O jogador do SC Braga não se fez rogado e teve uma estreia auspiciosa, marcando dois golos de belo efeito, além de participar na construção do golo inaugural e de ter conseguido boas movimentações, não estranhando o facto de estar ali pela primeira vez, sendo mesmo o nome maior do encontro. Estava concretizado o sonho de ser internacional e logo a marcar em dose dupla, mostrando ser uma peça que encaixava bem naquele puzzle, mesmo quando Cristiano Ronaldo entrou ao intervalo. A frágil seleção andorrenha foi goleada por 7-0, ainda que CR7 não tenha tirado grande proveito na tentativa de aproximação ao recorde mundial de golos que está na posse do iraniano Ali Daei, marcando apenas por uma vez e dispondo de várias chances para finalizar. Mesmo assim, acredito que o craque português ainda tem muito tempo para obter esse recorde.

A noite a seguir ao jogo deve ter sido de muitos momentos passados em claro por Paulinho, certamente a rever mentalmente os momentos de estreia que jamais esquecerá. A seguir foi o regresso ao mundo real de trabalho diário, para se colocar à disposição de ser útil quando for solicitado para tal.

O encontro frente à França, disputado no último sábado, era decisivo e, infelizmente, a vitória tangencial dos gauleses apurou-os para a final four da Liga das Nações e deixa a nossa nação valente sem possibilidade de lutar pela revalidação do título que conquistou na edição inaugural da competição. Foi um jogo ingrato para Portugal que saiu para o intervalo empatado, quando a França poderia ter chegado à vantagem, podendo dizer-se que era um resultado simpático, mas que convinha não confiar apenas na sorte. No segundo tempo os franceses marcaram cedo, com Rui Patrício a ficar de modo ingrato aquém do que pode e sabe, depois de ter salvado a equipa várias vezes na etapa inicial. Em resposta, os jogadores lusos, fruto de alguma libertação e de mexidas do treinador, foram em busca do golo que não chegaria, apesar de várias oportunidades para tal. Paulinho entrou no jogo, chegando à segunda internacionalização, demasiado tarde e sem possibilidades de ser decisivo como certamente quereria, quando o jogo pedia uma companhia mais efetiva para Cristiano Ronaldo na frente há algum tempo.

A derrota sofrida é uma raridade no percurso de Fernando Santos, mas foi uma espécie de final perdida, em função do seu caráter decisivo. Porém, importa manter o rumo de sucesso dos últimos anos, sendo importante que o grupo acredite nas ideias do seu líder. Assim, é importante que o encontro na Croácia, nesta semana e que já nada decide infelizmente, seja levado a sério e os atletas que jogarem mostrem ao selecionador que pode contar com eles no futuro.

No próximo fim de semana as competições internas regressam, ainda debaixo de um estranho estado de emergência que Portugal vive, devido à pandemia que não dá descanso ao mundo, para estrear as equipas do escalão principal na Taça de Portugal. O sorteio ditou uma curta viagem do SC Braga ao reduto do Trofense, num jogo que deverá ser encarado com toda a seriedade, de modo a evitar dissabores inoportunos, mesmo sendo previsível a utilização de alguns atletas com menos minutos até ao momento e, desse modo, não espantaria que o novo internacional dos Gverreiros do Minho fosse poupado para os encontros difíceis que se seguem, quer a nível nacional, quer a nível internacional.

In zerozero.pt

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