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A bater levemente

A semana europeia portuguesa foi estranhamente proveitosa em termos pontuais no ranking da UEFA. Para isso muito contribuíram as vitórias de SC Braga e Sporting, fora, e do Porto, em casa. Os portistas bateram o Milan no Dragão e colocaram-se em boa posição para discutir o apuramento, num grupo bastante difícil. O Sporting obteve uma vitória por números gordos, a sua primeira num tempo tão alargado que nos seus simpatizantes já devia existir saudades de um resultado assim. A vitória bracarense será analisada abaixo, numa jornada em que a única derrota foi registada pelo Benfica no Estádio da Luz, por quatro golos sem resposta, frente ao poderoso Bayern. Esta época os autoproclamados grandes já foram todos goleados em casa por números humilhantes, mas nem isso faz parar os seus responsáveis, para que se faça uma reflexão sobre a atualidade do futebol português e as mudanças que urge fazer para que a competitividade aumente, de modo que as nossas equipas tenham melhores performances além-fronteiras. Enquanto não houver a coragem de mudar o que é preciso, o futebol português caminha rumo ao abismo, com quem comanda a assobiar para o lado a fazer de conta que nada vê. Por vezes acontecem milagres como nesta jornada europeia, mas não passam de meros acasos, infelizmente.

O SC Braga, vindo de uma vitória na Taça de Portugal, onde defende o seu título, foi à Bulgária e entrou com tudo em busca de um triunfo inédito naquele país, tendo chegado com naturalidade à vantagem em Razgrad, frente ao “decacampeão” da Bulgária. É verdade, o Ludogorets conquistou os últimos dez títulos de campeão da Bulgária, por mais incrível que pareça. Apesar de ainda ter enviado duas bolas aos ferros, além de outras chances desperdiçadas, os comandados de Carlos Carvalhal venceram pela margem mínima, graças a um golo de Ricardo Horta, que assim aumentou o seu pecúlio global e ficou mais próximo de chegar ao topo, como melhor marcador de sempre do clube bracarense. Mas isto não deverá ser uma obsessão doentia do capitão arsenalista, que terá tempo para marcar muitos golos, depois de ter prorrogado o seu contrato. Aliás, o camisola 21 tem tudo para se tornar numa referência histórica do SC Braga, num desejo que é partilhado pelo jogador e pelos adeptos.

O primeiro triunfo obtido em terras búlgaras, aliado ao empate no outro jogo do grupo, colocou os arsenalistas mais próximos do primeiro lugar, ocupado pelo Estrela Vermelha, e, ao mesmo tempo, distanciou-os dos outros competidores.

O curto ciclo de duas vitórias consecutivas, conseguido pela primeira vez esta temporada, a que se pode juntar o facto de ter conseguido três vitórias e um empate, por sinal bastante cruel frente ao Boavista, nos últimos quatro jogos, parece indiciar que em Braga começa a bater levemente a esperança de ver a equipa regressar aos tempos triunfantes de boa parte da época anterior. Veremos se estes sinais de melhoria se confirmam no futuro próximo, a começar já em Barcelos, onde se espera um desafio bem mais complicado do que o da Liga Europa e que não apareça por lá uma qualquer chuva ou gente que altere essa esperança.

Uma nota final de regozijo para o preço dos bilhetes definido pelo Gil Vicente e que se aproxima mais do contexto financeiro país e da crise “pós-pandemia” que se vive por aí. Espero que outros dirigentes saibam ler este exemplo de coloquem os bilhetes a preços mais acessíveis, como estes ou mais baratos, de modo a contribuir para o regresso das pessoas aos estádios de futebol, depois de um longo período de ausência forçada que fez a sociedade perder hábitos diversos, onde este de ir ao futebol se enquadra.

 

In zerozero

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